Aos 2 anos de Idade o Majestoso nada mais era do que um parque que eu fazia meus piqueniques. Meu pai me convencia a ir no estádio me “comprando” com pipocas, sorvetes e refrigerantes e para mim tudo aquilo era uma festa. Três anos depois meu irmão mais novo, Ricardo, foi convidado a participar do piquenique, e nessa nova fase eu já estava contaminado pelo amor a Ponte e ao Majestoso, sempre com a Camisa da Gloriosa Ponte Preta, eu me via chutando latinhas de refrigerante com meu irmão, imitando os Heróis Pontepretanos (Jogadores que naquela época disputavam o péssimo campeonato da A2 do Paulista e a Segunda divisão do campeonato nacional e mesmo assim eu os considerava Heróis).
Me lembro como se fosse ontem meu pai me dando algumas moedas e eu e meu irmão indo correndo comprar cachorro quente de uma tiazinha atrás do gol do fundo que naquela época ficava a torcida visitante(Lugar hoje pertencente a Geral da Ponte), mas como jogávamos contra times inexpressivos a torcida visitante nunca comparecia e aquele espaço era aberto a Massa Pontepretana.
Derrotas para times semi-profissionais nunca diminuíram meu amor pela Ponte Preta e assistir um jogo de futebol da Macaca no Majestoso sempre foi e sempre estará em primeiro plano na minha vida. Minha namorada recebe todo começo de campeonato a tabela com os jogos da Ponte no Moisés Lucarelli e ela sabe que pelo menos uma hora antes e durante o jogo eu estou desabilitado para qualquer evento que não seja o jogo que acontece no Majestoso.
Foi aqui, no Majestoso, que vi momentos históricos, como a goleada em cima do Mirassol e a vitória recente (2008) em cima do Guaratinguetá, mas foi aqui também que vi meu irmão (Hoje com 22 anos) chorando ao ver o atacante Kleber do Palmeiras fazer o único gol do jogo na final do campeonato paulista de 2008.
Amo o Majestoso como se fosse a minha casa, a extensão do meu quarto, um lugar que, não interessa o placar do jogo, nem as condições climáticas muito menos meu estado emocional e financeiro, lá eu sou 100% feliz.
Sou a favor sim da modernização, até da construção da Arena, mas sou totalmente contra a destruição da casa que já foi do meu avô (Que ajudou a construir e hoje pertence ao time de torcedores Pontepretanos no céu), que hoje é minha, do meu pai e do meu irmão e que será dos meus filhos e netos. Tenho certeza que você também teria pena de destruir a casa que você nasceu, cresceu e teve os melhores momentos de sua vida.
Por isso eu aceito e quero sim a Arena Ponte Preta mas sou totalmente contra a demolição do Majestoso e acho uma afronta e destruição do patrimônio histórico a demolição do ÚNICO ESTÁDIO CONSTRUIDO PELAS MÃOS DA SUA PRÓPRIA TORCIDA.
Sem mais.
Obrigado pela compreensão.
Henrique Badan Sanches
Conselheiro da Associação Atlética Ponte Preta
sábado, 4 de dezembro de 2010
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